Welcome!

Olá! Sejam todos bem-vindos ao meu espaço literário. Aqui você encontrará a maior parte de minhas obras.
Fiquem à vontade, para ler, comentar, divulgar, etc.
Um forte abraço!

"Poesias d'alma e do coração, que só pela alma e pelo coração devem ser julgadas." (Gonçalves de Magalhães)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Poema Esquecido

Hoje estou no mesmo lugar, onde um dia te escrevi um poema. E também estou escrevendo um poema no exato lugar. Como tudo mudou.
Estou escutando a mesma música daquele dia, mas ela neste tal dia me fazia sorrir me dava prazer em estar com você do teu lado, fazia eu ficar longo tempo olhando para o nada e pensando se você também estaria fazendo o mesmo. Me fazia acreditar que você me amava. E hoje esta música me faz chorar pela reversão destes sentimentos, me faz lembrar de você de outra forma, de uma arte obscura, melancólica, não mais daquela arte que brilhava junto ao Sol com seu sorriso
Naquele dia era frio, me lembro então de você comigo me esquentando e prometendo jamais deixar esse amor esfriar. E hoje é um dia quente, que simplesmente apagou o "dia frio".
Mas ainda me lembram tristemente as flores teu perfume, o céu azul teu sorriso, o vento nas árvores teu abraço.
Teu cheiro ainda é empurrado ao vento vespertino, porém vai com ele nossas lembranças esquecidas.
A paisagem que me inspirava, o "horizonte de meu amor", a visão e a paixão que me levava à você escrever, hoje é coberta por arbustos secos e mortos.
A tarde vai caindo, me trazendo o frio, que outrora tu me esquentavas...
Hoje o poema está longe, alcançando outros olhares, novos corações, talvez até seja ele o motivo de outro casal se amar, com o amor tirado de nós.
Esse lugar agora é apenas lembrança e saudade, do que me fazia te amar, embora tudo isso não me deixa te esquecer... Porque tudo me lembra, você.

Daniel Martins


sábado, 24 de dezembro de 2011

Brisa Noturna



E os ventos que secam minhas lágrimas...
Enxugando em si o pranto
O frio que torna minha dor mais ardente
Congela o amor do coração
Possesso pelo ódio resistente
Onde todas as lembranças se tornam tortura
Trazidas pelo vento
E em teus lábios desalentos
Procuro minha cura
Ouço um sussuro do consciente
Desejando os teus lábios que curam as dores
Do teu sangue que corre sobre as cores da solidão
Contemplo as fortes lembranças do coração
No silêncio que vem a calar os ventos que tocam
Enfurecidamente os monstes
E que toca minha vida sem desejos e dor
Que toca teus cabelos, sentindo o suspiro
Que o leva em teus beijos, com trágico amor.

Daniel Martins e Mari Schatten

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Quadro, "Solidão a Dois"

Solidão a Dois, arte moderna.

Porque te amo repartida


Ainda sinto o toque
De sua mão
Quando falo às flores
Ainda beijo teus lábios
Ao fechar meus olhos
Ainda sinto teu perfume,
Quando estou só.

Meus insensatos sentimentos
Ao te ver
Que te quero
Minha loucura não satisfaz
A dor de minhas palavras a outro ditas

Desculpa se te quero
Desculpa se és minha vida
Desculpa se te amo...
Porque te amo repartida.

Daniel Martins

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ainda te Espero

Algum dia fui teu prazer
Hoje sou aquilo que te fere
Algo que simplesmente te faz chorar
Por uma inexistente felicidade
Que insistes em sonhar


Sempre te vejo além das colinas

Nas quais um dia te amei
E hoje reflito o tempo perdido
Que nelas te esperei


Só restaram saudades

Daquilo que não aconteceu
E que hoje leve no tempo se esqueceu


Ame tudo que amar

Viva tudo que viver
Pense tudo que pensar
Pois eu sempre estarei aqui...
"Só, a te esperar...

Daniel Martins

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Árvore que Chora



O ar aqui é pesado
Mas ainda posso te ouvir...
Por dentro os sons de quem implora
A espera do socorro
Diante da árvore que chora.

Os cantos chorados
Entoados à árvore sombria
De misterios ocultos
Sentado a apreciar
Ao lado da vida que ama
Sob a árvore que chora.

Funéreos beijos se fazem
Ao serem neste lugar
A minha vida na tua,
A minha dor ao te amar.

As sombras que à envolvem
Um dia ja voaram
As lágrimas que caem
Um dia já choraram
E hoje chora por alguém
Que nunca a amou.

Entrelaçada no céu
Balança sem poder sorrir
Presa na escuridão do bosque
Sem poder partir.

Presa ao desespero de jamais viver
Somente chora
Triste a solidão que a retêm
A amo sem ter hora
Vivo e amo o amor escondido
Em baixo das lágrimas...
Da Árvore que Chora.

Daniel Martins e Cátia Corrêa

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tu foste...


Tu foste a melodia
entoada ao silêncio.
A lua a iluminar a noite.
Foste o Sol abrindo caminho
Após um dia chuvoso.

Foste tudo entre nós
guardado em lembranças
nas quais criadas
para jamais nos afastarmos.

Daniel Martins

sábado, 10 de dezembro de 2011

Fagundes Varela (1841 - 1875)


Luís Nicolau Fagundes Varela, nasce no Rio de Janeiro, na cidade de Rio Claro.
Em 1861, publicou seu primeiro livro de poesia, Noturna. No ano de 1859, Fagundes Varela viaja para São Paulo e em 1862 matricula-se na faculdade de Direito, curso no qual não houve conclusão de sua parte, pelo fato de ser apaixonado pela Literatura, dissipou-se então na boemia e era fortemente influenciado pelo "byronismo" dos estudantes paulistanos.
Considerada uma das mais belas obras do autor, o poema Cântico do Calvário, foi escrito sobre a inspiração da morte precoce de seu filho, Emiliano, aos três anos de idade. Apartir de então, entrega-se definitivamente ao alcoolismo. Em contrapartida, cresce sua inspiração criadora.
Publica em 1864, Vozes da América e posteriormente em 1865, sua obra-prima, Cantos e Fantasias. No ano de 1866, viaja para Recife, onde lhe é informado a morte de sua esposa. No ano seguinte retorna para São Paulo e matricula-se novamente no 4º ano do curso de Direito, mas novamente abandona-o e recolhe-se à casa paterna, em Rio Claro. Permanece então até 1870 em Rio Claro, escrevendo entre as noites boemias, e vagando indefinidamente pela vida.
Casou-se com sua prima Maria Belisária, com quem teve uma família, na qual perdeu um filho também prematuramente. Em 1870 estabelece-se ocasionalmente na casa de famíliares, em Niterói, e mesmo assim continuava com sua vida boemia. Fagundes Varela fechou seu palitó de madeira em marfim no dia 17 de fevereiro de 1875, a causa de sua morte foi uma afecção cerebral chamada apoplexia, morreu aos 34 anos, ja em estado de completo desequilíbrio mental.
Fagundes Varela, mostra em uma de suas primeira obras (Arquétipo), que possuia uma grande abilidade de versar. Além da angústia predominante em sua poesia, é possível notar que há uma forte apelação mística e religiosa. A influência amorosa e até mesmo os temas sociais e patrióticos enquadram-se na totalidade de sua extensa obra.
Varela é o patronomo da Cadeira nº11 da "Academia Brasileira de Letras", por escolha do fundador Lúcio de Medonça.

Eis aí suas Obras:
Noturnas (1861); Vozes da América (1864); Cantos e fantasias (1865); Cantos meridionais e os Cantos do ermo e da cidade (1869). Deixou inédito o Anchieta ou Evangelho na selva (1875), O diário de Lázaro (1880) e outras poesias. Cantos religiosos (1878). As Poesias completas, organizada por Frederico José da Silva Ramos, foram lançadas em 1956.

Fonte Informativa: http://www.spectrumgothic.com.br

E para encerrar fica aí uma grande e magnífica obra de Fagundes Varela:


TRISTEZA

Eu amo a noite com seu manto escuro
De tristes goivos coroada a fronte
Amo a neblina que pairando ondeia
Sobre o fastígio de elevado monte.

Amo nas plantas, que na tumba crescem,
De errante brisa o funeral cicio:
Porque minh'alma, como a sombra, é triste,
Porque meu seio é de ilusões vazio.

Amo a desoras sob um céu de chumbo,
No cemitério de sombria serra,
O fogo-fátuo que a tremer doideja
Das sepulturas na revolta terra.
Amo ao silêncio do ervaçal partido
De ave noturna o funerário pio,
Porque minh'alma, como a noite, é triste,
Porque meu seio é de ilusões vazio.

Amo do templo, nas soberbas naves,
De tristes salmos o troar profundo;
Amo a torrente que na rocha espuma
E vai do abismo repousar no fundo.

Amo a tormenta, o perpassar dos ventos,
A voz da morte no fatal parcel,
Porque minh'alma só traduz tristeza,
Porque meu seio se abrevou de fel.

Amo o corisco que deixando a nuvem
O cedro parte da montanha, erguido,
Amo do sino, que por morto soa,
O triste dobre na amplidão perdido.

Amo na vida de miséria e lodo,
Das desventuras o maldito seio,
Porque minh'alma se manchou de escárnios,
Porque meu seio se cobriu de gelo.

Amo o furor do vendaval que ruge,
Das asas negras sacudindo o estrago;
Amo as metralhas, o bulcão de fumo,
De corvo as tribos em sangrento lago.

Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre mar de horrores,
Porque meu seio se tornou de pedra,
Porque minha'alma descorou de dores.

O céu de anil, a viração fagueira,
O lago azul que os passarinhos beijam,
A pobre choça do pastor no vale,
Chorosas flores que ao sertão vicejam,

A paz, o amor, a quietação e o riso
A meus olhares não têm mais encanto,
Porque minh'alma se despiu de crenças,
E do sarcasmo se embuçou no manto.

Fagundes Varela

Este Inferno de Amar - Almeida Garrett

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
que é a vida - e que a vida destrói -
como é que se veio a atear,
quando - ai quando se há de apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
a outra vida que dantes vivi,
era um sonho talvez... - foi um sonho-
em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
quem me veio, ai de mim! despertar?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Difícil...

Difícil é pedir perdão;
É pensar no erro;
É acordar cedo e admitir que o dia passou em vão.

Difícil é chorar sem sentir dor;
É nunca se apaixonar;
É escutar tal música e não lembrar de alguém;
É conviver diariamente com o amor da sua vida, sem poder tocá-la(o), beija-la(o) e ter certeza que os mesmos jamais acontecerão.

Difícil é sorrir para todos, sendo que chora para si;
É ver o futuro chegando;
É ter que aceitar as coisas;
É ter que engolir uma lágrima para preservar um sorriso;
É agradar a todos.

Difícil é segurar um riso;
É falar a verdade;
É mentir;
É sentir a verdadeira saudade e não chorar.

Difícil é tocar sem escutar;
Escrever sem ler;
É rimar e não se emocionar.

Difícil é retornar à um lugar e não ter lembranças;
É não lembrar do primeiro beijo;
Do primeiro amor;
Do primeiro melhor amigo.

Difícil é viver sem amigos;
Sem felicidade;
Sem história para contar.

Difícil é ver quem um dia você tanto amou, em outros braços,
e pensar que aquelas palavras já foram para você...

Mas, enfim...

Difícil é viver em vão e não errar...
"E não errar TAMBÉM...

Daniel Martins

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Virgin Black




Genre: Doom/Gothic
Na ativa desde 1995, os australianos do Virgin Black vêm fazendo seu nome no cenário mundial com sua mistura de metal gótico com atmosferas obscuras e elementos orquestrados. Em 1995 a banda lança seu primeiro registro a demo auto-intitulado "Virgin Black", que excedeu expectativas, o que era para ser uma promoção local, tornou-se algo grandee fez com que a demo fosse bastante vendida. Após 3 anos sem lançar nada a banda volta com outro EP intitulado "Trance", onde a banda teve uma progressão para o experimental com ângulos clássicos e industriais que se tornou evidentes neste trabalho.
Depois de duas demos o primeiro álbum veio em 2001, "Sombre Romantic", um trabalho obscuro e com algumas experimentações, mas sobretudo melancólico que foi muito aceito como álbum de estréia, valendo contato com as gravadoras Massacre Records na Europa e a The End Records nos EUA. Na seqüência veio “Elegant... and dying" (2003)pela Silent Music/Encore Records, é como o próprio grupo afirma: "Uma jornada elaborada de 75 minutos que poucos irão compreender ou absorver sem um certo tempo e reflexão". Um álbum complexo, com a marca registrada da banda, passagens arrastadas e cadenciadas, momentos melancólicos, melodias delicadas e o insistente clima gótico presente em todo álbum. Após o lançamento de "Elegant... and dying", a banda partiu para uma turnê pelos Estados Unidos, e também participou de um festival na Alemanha, tendo tocado ao lado de bandas de renome como Opetn, Paradise Lost e Tiamat.Em 2007 o grupo lançou o primeiro trabalho de uma trilogia chamada "Réquiem", que terá três álbuns com sonoridades diferentes. O primeiro é o "Réquiem-Mezzo Forte" que traz uma sonoridade diferente de seus trabalhos anteriores. O segundo "Réquiem-Fortíssimo" (2008). E por último "Réquiem Pianíssimo" sem data para sair. A banda tem uma temática cristã em suas letras, mas não exerce um trabalho ministerial.

Atualmente a banda conta com quatro integrantes:

Rowan London — vocais e teclados
Samantha Escabe — guitarras, cello








Graig — baixo e vocal

Luke Faz — bateria


Discografia
  • Virgin Black (1995)
  • Trance (1998)
  • Sombre Romantic (2000)
  • Elegant... and Dying (2003)
  • Requiem - Mezzo Forte (2007)
  • Requiem – Fortissimo (2008)
Fonte: Wikipédia


Um Frio Olhar ?



Um fundo
Onde a luz do sentimento se nega a chegar
Se encontra teu frio olhar
À meu pensamento mudo

Àquela vida ao longe, me amar não podes
Vives o triste, amargo mundo
Tento mergulhar, ao teu olhar frio e profundo
Mas tu de minhas desvendas, não intendas!

Somente fojes...

Trago a lua, que teu olhar apaga
Trago meu romantismo...
Que teu frio olhar o consome na noite amarga
Mas por ele não mais me cismo...

Esvaneça-se em teu mundo funéreo
Se perca iludida...
Em tua pobre insana vida
Em teu repugnante mistério.

Daniel Martins